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halo de lua -
da espada de Jorge
puro reflexo
(V)
posso ler almas
pressinto
abismos precipícios
vôos suicidas
absintos
dores
sinto não queria
carrego as minhas
mais
não precisava
preciso
é o elo sensitivo sexto
o mais
aguçado dos nossos
mínimos
múltiplos comuns
sentidos
(IV)
rosa-flor
floresceu sem cor
o vale declina
queixumes ecoam
signos
que a cidade baniu
planícies vazias
sem
a ilusão dos cumes
no vaso sobre a mesa
hidropônica flor
(III)
nômades
querubins sibilam
gregorianos cantos
sob picos nevados
pairam
e observam
matilhas
no inventário dos lobos
na disputa dos restos
(II)
como criar
criar o que
tirar de onde
dizer o que
já tudo dito
tudo sentido
tudo tão velho
tão antigo
palavra nova
onde?
talvez
no sub solo
do ser
tão árido
...
onde
a beleza
senão
nos olhos
que moram
no meio
da minha
cara
que mora
no alto
da minha
carne
a casa
onde moro
...
claro
como todos os enigmas
te decifro
olha
nos meus olhos e tenta
me de_cifrar
...
quero ser leve
e simples
como uma folha
ou uma flor
quero um amor assim
- me sopra?
taturana caminha
sob a pele
que queima
- e coça
entre dor e delícia
o sentir se situa
é o bicho
- de fogo
preto no branco
os dias se repetem
no calendário
em frente
aos nossos olhos
vermelhos
domingos se destacam
festas
profanas e sacras
herege o tempo
ri de tudo e passa
...
quero um lugar
só meu
este lugar é aqui
este lugar nenhum
nenhum lugar
é onde
é onde não estou
neste lugar eu sou
...