faço poemas inconseqüentes
(já não me importo com isso)
tudo que espero do poema
é que ele se liberte
(que ele me liberte)
que ele liberte
[alguém
ao acaso
acaso exista ainda
[alguém
aprisionado
neste tempo absurdo
de liberdade extrema
[e solidão
absoluta
onde meus versos ousam
chegar
22 de nov. de 2010
14 de set. de 2010
15 de jun. de 2010
... o que não foi vivido o que não foi sonhado o que não foi sentido está tudo lá numa caixa pequena embaixo da cama e à noite os cupins roem roem roem e em breve será pó que será varrido e depois jogado na lata de lixo que na manhã seguinte vai pro caminhão onde outra vez será triturado depois jogado num imenso lixão onde tudo queima fogo lento que nunca se apaga solo condenado onde não se edifica destinado a ser nada eternamente nada onde tudo queima meus olhos vermelhos mãos em carne viva tudo reciclado num poema sem verso sem rima sem ponto sem nó sem sentido onde tudo queima ainda assim poema do que não foi vivido do que não foi sonhado do que não foi sentido ...
9 de jun. de 2010
faço versos porque já morri
tanto e tantas vezes
mas não encontro o caminho de casa
onde era mesmo que eu morava?
no acaso me lanço
no espaço em branco longe dos apegos
flutuo
há uma curva no rio – havia mesmo um rio?
tinha botas de sol – ainda tenho pés?
há um lugar onde as almas se encontram
os corpos são frascos
tão frágeis...
há janelas que nunca se abriram
cortinas transparências
podia ouvir teu sopro
ao menos uma carta eu poderia ter escrito
na próxima esquina quem sabe
no próximo verso
tanto e tantas vezes
mas não encontro o caminho de casa
onde era mesmo que eu morava?
no acaso me lanço
no espaço em branco longe dos apegos
flutuo
há uma curva no rio – havia mesmo um rio?
tinha botas de sol – ainda tenho pés?
há um lugar onde as almas se encontram
os corpos são frascos
tão frágeis...
há janelas que nunca se abriram
cortinas transparências
podia ouvir teu sopro
ao menos uma carta eu poderia ter escrito
na próxima esquina quem sabe
no próximo verso
7 de jun. de 2010
4 de jun. de 2010
3 de jun. de 2010
1 de jun. de 2010
28 de mai. de 2010
desidrata o poema
em minha boca
chega em tons de verde
vivo
e logo se desmancha
há um sol dentro de mim
que teima
em nunca se pôr
um vento
que não cessa e sopra
a palavra seca
que cola
no papel feito casca
de ferida
(ou de árvore antiga)
minhas flores são cactos
solo arenoso
pontuado de pedras
tudo mais são delírios
imagens no espelho
(fantasia)
em minha boca
chega em tons de verde
vivo
e logo se desmancha
há um sol dentro de mim
que teima
em nunca se pôr
um vento
que não cessa e sopra
a palavra seca
que cola
no papel feito casca
de ferida
(ou de árvore antiga)
minhas flores são cactos
solo arenoso
pontuado de pedras
tudo mais são delírios
imagens no espelho
(fantasia)
a água na chaleira ferve
é madrugada já
a erva é doce
a camomila nem tanto
tisana
de perfume suave
perfeita
para mentes distônicas
(talvez me adoce a alma...)
robótica
a mão apaga o fogo
os olhos pesam
(como o nada
é pesado...)
autômatos
os pés se arrastam
zumbi o corpo
se atira na cama
mergulho suicida
no vazio
onde as dores evaporam
até o amanhecer
(se...)
é madrugada já
a erva é doce
a camomila nem tanto
tisana
de perfume suave
perfeita
para mentes distônicas
(talvez me adoce a alma...)
robótica
a mão apaga o fogo
os olhos pesam
(como o nada
é pesado...)
autômatos
os pés se arrastam
zumbi o corpo
se atira na cama
mergulho suicida
no vazio
onde as dores evaporam
até o amanhecer
(se...)
21 de mai. de 2010
13 de mai. de 2010
9 de mai. de 2010
à minha frente - coisas
quase todas pretas
quase todas plásticas
branco o monitor
a dor antiga
que faz a mente branca
a alma já
não mora por aqui
a alma sente
o verso é delírio do olho
que observa
de mãos que tateiam
o som o som
salivas e suores
profanas as palavras
só no silêncio se toca
o céu
- davi me ensina
a santidade da canção
(VII)
quase todas pretas
quase todas plásticas
branco o monitor
a dor antiga
que faz a mente branca
a alma já
não mora por aqui
a alma sente
o verso é delírio do olho
que observa
de mãos que tateiam
o som o som
salivas e suores
profanas as palavras
só no silêncio se toca
o céu
- davi me ensina
a santidade da canção
(VII)
28 de abr. de 2010
26 de abr. de 2010
24 de abr. de 2010
23 de abr. de 2010
22 de abr. de 2010
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