28 de mai. de 2010

desidrata o poema
em minha boca
chega em tons de verde
vivo
e logo se desmancha
há um sol dentro de mim
que teima
em nunca se pôr
um vento
que não cessa e sopra
a palavra seca
que cola
no papel feito casca
de ferida
(ou de árvore antiga)
minhas flores são cactos
solo arenoso
pontuado de pedras
tudo mais são delírios
imagens no espelho

(fantasia)

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