... o que não foi vivido o que não foi sonhado o que não foi sentido está tudo lá numa caixa pequena embaixo da cama e à noite os cupins roem roem roem e em breve será pó que será varrido e depois jogado na lata de lixo que na manhã seguinte vai pro caminhão onde outra vez será triturado depois jogado num imenso lixão onde tudo queima fogo lento que nunca se apaga solo condenado onde não se edifica destinado a ser nada eternamente nada onde tudo queima meus olhos vermelhos mãos em carne viva tudo reciclado num poema sem verso sem rima sem ponto sem nó sem sentido onde tudo queima ainda assim poema do que não foi vivido do que não foi sonhado do que não foi sentido ...
15 de jun. de 2010
9 de jun. de 2010
faço versos porque já morri
tanto e tantas vezes
mas não encontro o caminho de casa
onde era mesmo que eu morava?
no acaso me lanço
no espaço em branco longe dos apegos
flutuo
há uma curva no rio – havia mesmo um rio?
tinha botas de sol – ainda tenho pés?
há um lugar onde as almas se encontram
os corpos são frascos
tão frágeis...
há janelas que nunca se abriram
cortinas transparências
podia ouvir teu sopro
ao menos uma carta eu poderia ter escrito
na próxima esquina quem sabe
no próximo verso
tanto e tantas vezes
mas não encontro o caminho de casa
onde era mesmo que eu morava?
no acaso me lanço
no espaço em branco longe dos apegos
flutuo
há uma curva no rio – havia mesmo um rio?
tinha botas de sol – ainda tenho pés?
há um lugar onde as almas se encontram
os corpos são frascos
tão frágeis...
há janelas que nunca se abriram
cortinas transparências
podia ouvir teu sopro
ao menos uma carta eu poderia ter escrito
na próxima esquina quem sabe
no próximo verso
7 de jun. de 2010
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