9 de jun. de 2010

faço versos porque já morri
tanto e tantas vezes
mas não encontro o caminho de casa
onde era mesmo que eu morava?
no acaso me lanço
no espaço em branco longe dos apegos
flutuo
há uma curva no rio – havia mesmo um rio?
tinha botas de sol – ainda tenho pés?
há um lugar onde as almas se encontram
os corpos são frascos
tão frágeis...
há janelas que nunca se abriram
cortinas transparências
podia ouvir teu sopro
ao menos uma carta eu poderia ter escrito
na próxima esquina quem sabe
no próximo verso

Um comentário:

  1. gostei muito do espaço,

    lindos poemas

    vou procurar aqui como seguir e senão conseguir não faz mal vou salvar o enderaço, pois achei muito o bom ;)

    um abraço
    G

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